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Em abertura de sessão histórica na ONU, Dilma dará apoio a palestinos
Na quarta-feira, quando se tornar a primeira mulher a subir à tribuna
para abrir a Assembleia-Geral das Nações Unidas, presidente deve
ignorar o desconforto de americanos e israelenses e afirmar a
necessidade do reconhecimento do Estado palestino

18 de setembro de 2011 | 0h 00
O reconhecimento do Estado palestino entra em debate na 66.ª
Assembleia-Geral da ONU por meio da presidente Dilma Rousseff. No
discurso, que abre o encontro, na quarta-feira, Dilma dirá que passou
da hora de o mundo reconhecer a existência da Palestina. Ignorando o
desconforto que o apoio explícito pode criar entre americanos e
israelenses, a presidente pretende reforçar a posição de líder
internacional que o Brasil busca.

O discurso ainda não está pronto. Além dos tópicos que Dilma escolheu
e das linhas gerais traçadas pelo Itamaraty, pouco foi desenvolvido. A
versão final deve ser feita mesmo em Nova York, nos dias que antecedem
à abertura da Assembleia-Geral.

A situação palestina não será um tema central, mas se encaixa em um
dos tópicos preferenciais do Brasil: a mudança da geopolítica mundial,
a necessidade de reforma da governança global e a abertura de espaço
para novos atores internacionais.

A presidente deve chegar a Nova York na madrugada de hoje e voltará ao
Brasil, provavelmente, na quinta-feira ou na sexta-feira. Além da
agenda na ONU, Dilma pode manter até sete encontros bilaterais com
chefes de Estado – quatro deles já confirmados.

Dilma deve abrir seu discurso falando da importância de uma maior
participação política das mulheres. Aproveitando o fato de ser a
primeira presidente brasileira mulher – e, por isso, a primeira mulher
a abrir uma Assembleia-Geral da ONU, já que o Brasil sempre faz o
primeiro discurso – Dilma destacará a necessidade de se dar mais
espaço político às mulheres.

Crise. O centro do discurso da presidente, no entanto, deve ser a
crise econômica mundial, os problemas enfrentados pelos Estados Unidos
e a Europa e o risco de contágio em economias emergentes.

Dilma ressaltará também a situação brasileira, ainda saudável, mas
destacará a necessidade de que países considerados ricos resolvam seus
problemas para que os mais pobres não sofram ainda mais as
consequências de uma recessão.

A chamada primavera árabe, que foram os movimentos democráticos do
Oriente Médio, a integração regional latino-americana e a realização
da conferência Rio +20, marcada para o ano que vem no Brasil também
deverão entrar no discurso.

Além da abertura da Assembleia-Geral, a presidente terá uma agenda
cheia. Nos cinco dias em que fica nos EUA, Dilma participará de
debates sobre o controle de doenças crônicas não transmissíveis, sobre
a participação política das mulheres, sobre segurança nuclear e sobre
diplomacia preventiva.

Dilma ainda terá encontros bilaterais com os presidentes dos EUA,
Barack Obama, do México, Felipe Calderón, da França, Nicolas Sarkozy,
e com o primeiro-ministro britânico, David Cameron. Também há pedidos
de reuniões com os presidentes da Colômbia, Juan Manuel Santos, do
Chile, Sebastián Piñera, e da Nigéria, Goodluck Jonathan, que ainda
não foram marcados por dificuldades de agenda.

TIPOS DE ADMISSÃO

Membro pleno da ONU

Proposta é apresentada ao Conselho de Segurança. Se aprovada, vai para
a Assembleia-Geral, onde precisa de dois terços dos 193 votos. EUA
disseram que vetarão Estado Palestino no CS

Estado não membro

Pedido é votado diretamente na Assembleia-Geral. A admissão não traria
mudanças aos palestinos, mas isolaria EUA e Israel

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